Manipulação da Mente
Um breve estudo sobre o processo de seduçãonos novos movimentos religiosos
De acordo com a Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, o termo “seita ‘vem do latim, secta, derivado do particípio passado de secare (cortar, separar) ou de sequi (seguir), e tem o sentido de partido, escola, facção (...) A palavra seita tem sido normalmente usada para referir-se a grupos que se separam de outros já existentes, como foi o caso dos primeiros cristãos que se separaram do judaísmo (...) Nos círculos evangélicos, porém, o termo seita tem adquirido o sentido de grupo herético”. Para Van Baalen, seita é “qualquer religião tida por heterodoxa ou espúria”. Walter Martin define seita como “um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas”.
Margaret Singer, conhecida autoridade sobre os novos movimentos religiosos na América do Norte, prefere usar a frase “cultic relationships” (relacionamentos de seita) para explicar mais precisamente os processos e interações que acontecem dentro do grupo.
Para a senhora Singer, o rótulo seita tem a ver com três fatores:
A origem do grupo e a figura do líder.
O que é rotulado como seita por um pesquisador, pode não ser identificado como tal por outro. Por exemplo, alguns pesquisadores consideram apenas os grupos de cunho religioso, descartando a miríade de grupos formados ao redor de uma variedade de doutrinas, teorias e práticas.
Na conferência da American Family Foundation em 1985, em Los Angeles, vários eruditos e representantes da polícia americana, adotaram a seguinte definição de seita:
"Um grupo ou movimento exibindo grande ou excessiva devoção ou dedicação a alguma pessoa, idéia, ou coisa, e empregando técnicas manipuladoras antiéticas ou coercitivas de persuasão e controle (ex.: isolamento de antigos amigos e da família, debilitação, uso de métodos especiais para elevar a sugestionabilidade e subserviência, poderosas pressões do grupo, gerenciamento de informações, suspensão da individualidade ou julgamento crítico, promoção de total dependência do grupo e medo de sair dele), destinadas a alcançar os alvos dos líderes do grupo, num possível detrimento dos membros, suas famílias ou da comunidade".
O LÍDER NO PROCESSO DE MANIPULAÇÃO
Geralmente, o líder da seita é dotado de carisma, magnetismo irresistível, aparência de vencedor, demonstrando grande entusiasmo pela causa que defende ou pelo produto que vende. Em seu livro Ensaios de Sociologia, Max Weber traz um comentário interessante sobre o fator carisma:
A expressão “carisma” deve ser compreendida como referindo-se a uma qualidade extraordinária de uma pessoa, quer seja tal qualidade real, pretensa ou presumida. “Autoridade carismática”, portanto, refere-se a um domínio sobre os homens, seja predominantemente externo ou interno, a que os governados se submetem devido a sua crença na qualidade extraordinária da pessoa específica.
O fascínio e poder que um líder pode exercer sobre seus adeptos pode ser notado também nas observações de Michael Green:
Os fiéis, na verdade, endeusam o líder; ele é supremo e a sua vontade term que ser obedecida. De fato, sua posição corresponde quase que exatamente àquela do imperador romano que exercia completo poder político sobre o mundo conhecido e era adorado por seus subjugados.
Um dos exemplos mais chocantes do relacionamento doentio entre um líder e seus seguidores pôde ser constatado no grupo Ramo Davidiano, de David Koresh, em Waco, Texas, nos Estados Unidos.
Dois autores dão mais informações sobre o caráter de David Koresh:
No seu cartão pessoal estava impresso “Messias” e ele é citado como tendo declarado em inúmeras ocasiões: “Se a Bíblia é verdade, então eu sou o Cristo”. Alguns acreditaram nele. Ele foi capaz de convencer os maridos a entregarem-lhe suas esposas, famílias a entregarem-lhe dinheiro e filhos. Seu estilo de vida paradisíaco permitiu-lhe viver da renda dos outros. Em 19 de abril de 1993, havia quase cem pessoas dispostas a morrer com ele pela promessa de uma vida no céu após a morte.
Outros grupos já provocaram tragédias parecidas, apresentando padrões de liderança mais ou menos parecidos, tais como Heaven’s Gate, Aum Shinrikio e seu guru Shoko Asahara.
O Reverendo Jim Jones, nos dias finais da colônia do Templo do Povo na selva da Guiana, era um personagem que poderia perfeitamente ter sido criado por Joseph Conrad. Era o messias paranóico de uma congregação aterrorizada, mas devota, cujo fim ele previa todas as noites, pelas forças das trevas e ameaçadoras que os cercavam: CIA, Ku Klux Klan, racismo, fascismo, holocausto nuclear...
Um outro exemplo vem do mormonismo. O testemunho de um mórmon sempre vai incluir uma reverência ao fundador do movimento, Joseph Smith. Geralmente, o adepto, ao dar o seu testemunho, no púlpito ou fora dele, dirá: “Creio que a Igreja Mórmon é a igreja verdadeira e que Joseph Smith é um profeta de Deus”. Os mórmons rendem louvores ao seu fundador com o hino 108 do seu hinário oficial, intitulado, “Hoje ao Profeta Louvemos”!
No livro intitulado O Império Moon, um jornalista francês, Jean-François Boyer, fez uma análise da agenda econômica e política da Igreja da Unificação do Reverendo Moon. Boyer faz revelações impressionantes sobre o relacionamento doentio de Moon com seus adeptos:
Logo que aceito na “família”, o novo membro só tem uma preocupação: provar que ama Moon mais do que a si próprio; pois o “Novo Messias” jamais escondeu que ele esperava muito de seus filhos. Há mais de vinte anos que se dirige a seus fiéis e tem delineado, de discurso em discurso, o retrato falado do moonista perfeito. “Se vocês me amam, mostrem-me que vocês me amam”, diz em 1977 a seus fiéis americanos. E cada um busca nos textos sagrados - uma coletânea de locuções em inglês intitulada “O Mestre fala” - a fim de procurar saber sobre as regras de conduta que farão deles filhos dignos do amor do “Pai”.
Na Seita Moon, existe até mesmo a perspectiva de dar a vida pela igreja e pelo líder, como pode ser observado nas palavras do “Pai”:
“Procurar sempre o mais difícil é uma maneira de pensar”, diz Moon, por ocasião de um seminário teológico em 1979. “Vocês poderiam mesmo se perguntar”, acrescenta à sua atenta platéia, “quando o reverendo Moon vai me pedir para morrer? Pois nada é mais difícil do que isso”. E um dos principais pregadores, Ken Sudo, vai ainda mais longe. Diante de uma platéia extasiada, composta por jovens casados naquele mesmo ano pelo “Pai”, diz: “Agora é minha vez de dar a vida pelo ‘Pai’... Sou voluntário para morrer... Se você sente verdadeiramente que é uma alegria morrer pelo ‘Pai’, não somente em palavras, mas em atos, isso é formidável!”
Pelas pesquisas de Boyer, pode-se notar que a Seita Moon não propõe à humanidade um ideal para a eternidade como a maioria das religiões, mas um projeto em curto prazo: a instauração de uma teocracia. Moon deve estabelecer o reino de Deus sobre a Terra antes de morrer, senão terá falhado em sua missão, como o fez Cristo a quase dois mil anos.
Os discípulos do Rev. Moon carregam consigo uma foto do líder para garantir a proteção dos anjos e do bom mundo espiritual (revista Mundo Unificado, maio/junho de 1984, p. 8). As orações no grupo são feitas em nome dos verdadeiros pais, isto é, o Rev. Moon e a sua esposa. Moon se intitula o Senhor do Segundo Advento.
Os aspectos negativos da figura do líder dentro de um grupo religioso aparecem bastante também na figura e no comportamento de David Berg (chamado de Moisés Davi ou Mo), fundador do grupo Os Meninos de Deus, conhecido, hoje, como A Família. A própria filha de David Berg, Deborah (Linda Berg) Davis, que viveu muitos anos dentro da seita e saiu chocada com os ensinos e o estilo de vida de seu pai, escreveu um livro revelador, expondo os abusos dentro do grupo. Por várias vezes, no livro, Deborah cita um professor de sociologia, Roy Wallis, da Queen’s University de Belfast, que estudou David Berg e os Meninos de Deus sob a perspectiva do carisma.
Tornar-se carismático não é algo que acontece de uma vez e para sempre. É uma característica crucial do carisma que ele exista somente no seu reconhecimento por outros. Ele deve ser constantemente reforçado e reafirmado ou deixa de existir.
Pelas informações relatadas acima, pode-se observar que os líderes de seitas são pessoas autoritárias, gananciosas, gostam de controlar os outros e garantem que possuem uma missão especial para desenvolver na terra.
CONTROLE E MANIPULAÇÕES
O desenvolvimento da tecnologia e da mídia tem fornecido as seitas tantas ferramentas sofisticadas que se tornou quase impossível para qualquer pessoa escapar de suas propagandas ou manipulações.
O gerenciamento e a direção dos seres humanos pelo uso hábil de seus desejos e qualidades com o propósito de controlá-los com fins sociais, científicos ou políticos, contrários as suas próprias escolhas.
Pode ser dito que a sociedade hoje não está sujeita apenas às manipulações sociais, científicas ou políticas, mas bastante vulnerável às manipulações religiosas e espirituais em todas as partes do mundo.
No filme “Deceived”, Mel White mostra como Jim Jones usou várias técnicas de manipulações para alcançar seus alvos: o abuso do tempo, de dinheiro, disciplina e intimidade, foram largamente usados a fim de manter seus seguidores sob controle, mesmo até a morte. Houve, nas últimas quatro décadas, uma multiplicação de grupos religiosos, dos quais muitos tornaram-se nocivos ao indivíduo, à família e à sociedade em geral, representando, ao mesmo tempo, um desafio para as igrejas históricas tradicionais.
Por que tais grupos alcançam tanto sucesso? Como conseguem tantos adeptos? Como vários novos movimentos religiosos tornam-se, política e financeiramente, tão poderosos? É óbvio que tais grupos possuem diversos recursos que são estratégicos para o crescimento, principalmente, numérico. Uma das táticas é o assalto que os líderes de tais seitas fazem à mente humana, manipulando-a para a sua própria vantagem.
A posição de Jim Jones e o seu poder de manipular e controlar as pessoas em sua igreja foi contada, num livro, por dois jornalistas do jornal San Francisco Chronicle. A agenda política de Jim Jones, sua vida sexual promíscua, seu relacionamento com a imprensa e, praticamente, todos os atos de Jones são chocantes.
Por várias vezes, Jim Jones serviu bebida, supostamente envenenada, às pessoas ao seu redor, como se fosse um ato de brincadeira. Ele chegou a fazer isso com a sua comissão de planejamento. Depois que obedeceram, Jones disse-lhes que haviam tomado veneno e que estariam mortos dentro de 45 minutos. Quando o tempo se esgotou, disse-lhes que não se preocupassem, pois estava apenas testando a fé de cada um deles. Sem dúvida, essas “brincadeiras” prepararam o caminho para a grande tragédia que aconteceria anos depois.
Sob pressões cumulativas de controle físico, emocional e intelectual, o autocontrole e crenças pessoais cedem. Isolado do mundo e cercado de armadilhas exóticas, os convertidos absorvem os estilos alterados de pensamento e da vida diária da seita. Em pouco tempo, antes de perceberem o que está acontecendo, os novos adeptos entram num estado mental em que não são mais capazes de pensar por si mesmos.
Através da história grupos extremistas têm aplicado, com muito sucesso, esse tipo de ataque à mente e às emoções, adquirindo assim, o controle sobre membros de tribos, sociedades e até nações inteiras, reduzindo o valor da personalidade individual do ser humano.
As seitas destroem a mente por completo. Elas destroem a sua habilidade de questionar as coisas, e ao destruir a sua habilidade de pensar, destroem também a sua habilidade de sentir. Pensar, para o membro de uma seita, é exatamente como ser apunhalado no coração. É muito doloroso, pois foi-lhe dito que a mente é Satanás e pensar é uma maquinaria do Diabo.
Quando alguém se junta aos Meninos de Deus, a pessoa é completamente separada o mundo exterior. Não lhe é permitido ir a qualquer lugar sem a companhia de um irmão ou irmã do grupo.
Um outro aspecto intrigante desse grupo é que o adepto adota um novo nome, geralmente da Bíblia. No início, ele é chamado “bebê”. Após três meses, ele é admitido no treinamento de liderança. A forma como ele chega à liderança é sendo o que a seita quer que ele seja, sem qualquer reclamação ou questionamento, fazendo exatamente as coisas que são esperadas dele.
As seitas destroem a individualidade da pessoa e o seu senso crítico.
Ao declarar tais cartas como a Palavra de Deus, ele sufocou os poderes mentais criativos de seus seguidores. Eles não precisam mais pensar por si mesmos, ler a Bíblia e aplicá-la, dinamicamente, às suas vidas pessoais, ou fazer qualquer oração criativa. A única função deles é ler as cartas de Mo, deixar que Mo faça toda a comunicação com Deus, e seguir o que Mo escreve. É simplesmente uma questão de obediência. Suas mentes devem ser como computadores, e ele é o programador. Todos os novos dados e informações entrarão em suas mentes apenas através do seu trabalho. Eles são um pouco mais do que robôs incapazes de criar.
O império financeiro da Seita Moon é de fato impressionante. A Igreja da Unificação tem feito um grande sucesso na América Latina, principalmente no Uruguai. Os moonistas referem-se à cidade de Montevidéu como Moontevidéu. Possuem ali o melhor jornal, a melhor estação de rádio e o melhor hotel do país. Moon é tão sutil que, no primeiro semestre de 1996, conseguiu levar mais de 800 pastores do Brasil para suas reuniões no Uruguai.
A Igreja da Unificação tem sido muito criticada pelos seus métodos de levantamento de fundos. Normalmente, um moonista arrecada entre 100 e 500 dólares por dia, vendendo canetas, flores, envelopes e papel de carta. 200 dólares é a média. É dito, muitas vezes, que o dinheiro será usado na recuperação de viciados em droga, menores abandonados ou alguma outra obra filantrópica. É comum o moonista começar bem cedo as suas atividades e trabalhar até depois da meia noite. Nenhum membro pode questionar o destino do dinheiro. Por outro lado, muitos adeptos da seita sabem que a família Moon vive no luxo.
A mente é um dos alvos principais das seitas, pois o seu controle garante o sucesso do grupo. Steve Hassan, (ex-adepto do Reverendo Moon), um conhecido pesquisador de seitas nos Estados Unidos, define assim o controle mental:
Na realidade, o controle mental é um conjunto de métodos e técnicas, tais como hipnose ou interrupção de pensamento, que influencia como uma pessoa pensa, sente e age. Ao ser empregado por seitas destrutivas, o controle mental procura nada menos do que desfazer a identidade autêntica de um indivíduo - comportamento, pensamentos, emoções - e reconstruí-la na imagem do líder da seita. Isso é feito controlando, rigidamente, a vida espiritual, física, intelectual e emocional do membro.
A Ciência Cristã ensina aos seus adeptos que o pecado, a doença e a morte são todos ilusões da mente que precisam ser corrigidas pela maneira correta de pensar. Mary Baker Eddy, a fundadora, cunhou uma frase interessante que dizia: “Não existe realidade na dor e nem dor na realidade”. Seus ensinos enfatizam também a negação da existência física.
Existe na Ciência Cristã uma supressão da mente, uma expulsão consciente da mente da pessoa de certas coisas que são desconcertantes para a configuração total dos padrões psicológicos de condicionamento. Os adeptos da Ciência Cristã são condicionados a crer na inexistência do mundo material, ainda que os seus sentidos testifiquem de sua realidade objetiva.
Os novos movimentos religiosos procuram atrair os seus convertidos em potencial com uma grande quantidade de atenção e afeição.
Para acolher os candidatos nas melhores condições psicológicas possíveis - na calma, longe da família, dos amigos e tentações - a igreja necessita de casas afastadas, espaçosas e, se possível, atraentes...Isso explica o porquê de o Movimento possuir em todo o mundo e em tão pouco tempo um rico patrimônio imobiliário. Como recusar um convite com tudo pago ao castelo de Mauny, a um dos pequenos castelos campestres da região de Lyonnais, ou mesmo a um casarão na zona sul de Paris, que tem como ornamento o parque de Sceaux? Como recusar um retorno quando, à beleza da paisagem, se soma o calor da acolhida? Pois, retomando uma fórmula do reverendo Moon, os novos chegados devem ser “bombardeados de amor”. E eles o são!
Os sentimentos ou emoções não se constituem em critérios válidos para se analisar uma seita. Um mórmon, por exemplo, afirma saber que o Livro de Mórmon é a palavra de Deus porque, orientado pelo bispo da igreja, ele perguntou para Deus, em oração, se tal livro é inspirado por Deus. De acordo com o mormonismo, se a pessoa perguntar com fé e sinceridade, ela vai sentir um arder no peito. Dali em diante, ela permanecerá cega e surda às evidências históricas, arqueológicas, literária, ou qualquer outra, que denuncie a falta de confiabilidade do Livro de Mórmon e outras obras oficiais do mormonismo. Existem mórmons que chegam a afirmar que se eles soubessem, sem qualquer sombra de dúvida, que Joseph Smith, o fundador da Igreja Mórmon, foi um falso profeta, que a Igreja Mórmon é falsa, mesmo assim, eles não deixariam o mormonismo. Pode-se perceber que não se trata mais de uma questão da razão, mas da vontade. Não que não entendam, ou que não saibam, mas porque não querem. Assim, de uma forma surpreendente, tais devotos conseguem colocar a vontade e o sentimento acima da razão.
Logo no início, os laços que o prendem aos seus pais, irmãos ou qualquer outro parente, são bastante danificados. Muitas vezes, é dito ao novo discípulo que as pessoas que Satã mais vai usar para tirá-lo do novo e verdadeiro caminho que lhe foi revelado por Deus são as pessoas mais íntimas de sua família. Apesar de hoje adotar o nome A Família, os Meninos de Deus já separaram muitos casais e filhos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Seria bom que as autoridades governamentais prestassem mais atenção à problemática dos novos movimentos religiosos, criando legislação que possa coibir os abusos de tais grupos, evitando assim danos à pessoa ou à sociedade em geral, a exemplo de vários países europeus como Alemanha, Bélgica e França, que já o estão fazendo.
As igrejas também precisam fazer a lição de casa, incluindo o estudo sobre os novos movimentos religiosos na programação de suas atividades, promovendo a conscientização dos seus membros quanto às investidas de tais grupos. É preciso alertar principalmente os jovens, muitas vezes, presas fáceis desses movimentos que atuam também no ambiente estudantil.
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