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sábado, 16 de abril de 2011
o livro ; Fahrenheit 451
Cruzando a linha: entre o “normal” e o “anormal” | ||
Por Cristiane Paião | ||
De acordo com o relatório sobre os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) do estado de São Paulo, publicado em 2010 pelo Conselho Regional de Medicina (Cremesp), cerca de 10% da população precisa de assistência em saúde mental atualmente, seja ela eventual ou contínua. Entre as dez principais causas de incapacitação por doenças em geral, cinco são por transtornos psiquiátricos. Depressão, alcoolismo, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno obsessivo-compulsivo são as mais comuns. O quadro corresponde a 12% do total de incapacitações por doenças em geral e cresce para 23% em países desenvolvidos. No mundo todo, os transtornos mentais são responsáveis por uma média de 31% dos anos vividos com incapacitação. Ainda que os transtornos mentais representem um sério problema de saúde pública, os embates e polêmicas sobre seus diagnósticos e tratamentos, e sobre os limites entre uma doença e outra ainda são muitos. Ao longo da história da humanidade e, consequentemente, do processo de construção dos conceitos envolvendo psiquiatria, psicanálise e psicologia, diversos conceitos e paradigmas entraram em jogo e, ora se destacavam, ora caíam por terra. Isso porque a ideia de “normalidade” ou “anormalidade” está relacionada, em grande medida, a conceitos históricos, culturais e socialmente elaborados, ainda que relacionados, em grande medida, a questões físico-químico-biológicas que interferem no processo de classificação daquilo que é tido como “transtorno mental”. Normal x anormal De acordo com a filosofia, a “normalidade” deve ser entendida como um estado de equilíbrio do organismo, seja do ponto de vista do corpo ou da mente. Segundo João de Fernandes Teixeira, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a sentença “de perto, ninguém é normal” já era em grande medida professada pela filosofia e vem cada vez mais sendo estudada e desenvolvida. Embora os filósofos tenham criticado a existência de padrões de normalidade/anormalidade rígidos nos últimos tempos, uma certa classificação é plenamente possível. “George Canguilhem, por exemplo, tem um livro clássico sobre o assunto, que se chama O normal e o patológico, em que ele nos diz que não é possível usar critérios externos, universais, para definir normalidade. Entretanto, em The disordered mind: philosophy of mind and mental illness, George Graham, filósofo da mente americano, argumenta que a mente insana é aquela na qual a racionalidade foi profundamente afetada. Embora não possamos nos ver mais como um animal inteiramente racional, os distúrbios da racionalidade, quando em excesso, nos levam à mente insana. Nesse sentido, a insanidade é a incoerência quase total, o que leva também a uma desorganização das emoções – as emoções não estão inteiramente separadas da razão, senão, não seríamos sequer capazes de falar delas”, explica Teixeira. Segundo o pesquisador da UFSCar, a filosofia da mente nunca se preocupou especificamente com o transtorno mental. O livro de Graham é um dos pioneiros, nesse sentido. Para os estudiosos da área, o transtorno mental é enfocado como um dos tipos de problemas que ocorrem na interação entre mente e cérebro. “Esse é o chamado problema mente-cérebro, e é a principal questão da filosofia da mente. Nesse sentido, há várias perguntas como, por exemplo: ‘a depressão e a tristeza podem afetar o cérebro?’ Ou melhor, ‘como uma série de acontecimentos ruins na vida de uma pessoa pode levar a uma modificação de neurotransmissores?’ E há a pergunta na direção inversa: ‘como drogas biopsiquiátricas podem afetar nossa maneira de pensar?’ ‘Será que elas agem só no cérebro ou também na mente?’”, enumera. Do ponto de vista psiquiátrico/psicológico, as noções de “normalidade” ou “anormalidade” se definem também por meio de padrões culturais e sociais, mas, principalmente, por meio de reações químico-físico-biológicas. Em doenças graves como esquizofrenia, por exemplo, que compõe o grupo das psicoses, os processos de pensamento, entendimento e processamento de informações ficam desconexos e existem graves alterações no contato com a realidade. O paciente sofre com paranoias, transtornos graves de humor, delírios e alucinações (visuais, sinestésicas, e sobretudo auditivas). Diante de um caso como esse, não fica difícil identificar a “anormalidade”. De modo geral, essas características se repetem em vários dos transtornos mentais, mas existem também transtornos relativamente menos “graves” que são mais difíceis de serem diagnosticados e que dependem, em grande medida, de conceitos históricos e culturais, como a depressão, por exemplo. Embora seu potencial para afetar negativamente a vida das pessoas seja grande – pois leva à incapacitação para realizar atividades comuns do dia-a-dia, como diminuição do apetite, alteração de sono, de peso, ineficiência para processar informações, concatenar ideias e fazer escolhas –, durante muito tempo, a depressão não foi encarada como transtorno, e apenas recentemente passou a ser tratada com a devida seriedade. De acordo com Laura Helena Silveira Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), e uma das organizadoras do relatório do Cremesp citado acima, a Classificação Internacional das Doenças (CID), da Organização Mundial de Saúde, e o Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders (DSM), publicado pela American Psychiatric Association, são os grandes parâmetros para definir esses padrões. “A pessoa tem uma doença se preencher os critérios”, explica Andrade. “Porém, em estudos na população geral, há uma grande porcentagem que tem algum diagnóstico, por exemplo, fobia, mas não tem incapacitação. A incapacitação, o prejuízo em atividades no trabalho, em casa, no relacionamento interpessoal, associada ao diagnóstico é o que realmente implica que a pessoa tem um transtorno que necessita ser tratado”, enfatiza. De acordo com a psiquiatra, existe uma crença de que as classificações atuais são ateóricas, sem juízos de valor, mas isso tem sido questionado e, segundo ela, não corresponde à verdade. “Tudo depende das circunstâncias. É mais fácil, em casos graves, saber quem é acometido e quem não é. Porém, em casos mais leves, muita coisa depende de valores sociais”, pondera. Segundo o relatório do Cremesp, a carga dos transtornos mentais não é meramente um reflexo dos índices de psicopatologia, mas de uma série de condições e problemas individuais e da coletividade. Em países desenvolvidos, o uso nocivo ou a dependência de substâncias psicoativas está entre as 10 principais causas de incapacitação, sendo a Doença de Alzheimer e outros quadros demenciais a terceira causa de incapacitação e morte prematura. Conceitos e paradigmas Ao longo de suas quatro edições já publicadas, de fato, os DSMs vêm passando por significativas transformações em relação a seus conceitos e procedimentos. A definição de algumas doenças se alterou ao longo dos anos e nas diferentes versões do manual, o que mostra como a compreensão daquilo que é tido como “normal” ou “patológico” muda não apenas conforme os avanços e descobertas da ciência e da tecnologia mas também em relação à cultura e ao período histórico que a rodeia, conformando e modificando conceitos e paradigmas. No artigo “Classificando as pessoas e suas perturbações: a ‘revolução terminológica’ do DSM III”, Jane Russo e Ana Teresa Venâncio mostram como os conceitos de neurose e homossexualismo, por exemplo, foram caracterizados de diferentes formas ao longo dos anos e das diversas versões do manual. A forma de lidar com os doentes e de compreender e tratar as diferentes manifestações dos transtornos mentais também se alterou ao longo da história e de suas transformações culturais e sociais. Segundo o artigo, havia e ainda há um grande embate conceitual entre a psiquiatria e a psicanálise, e mesmo dentro de cada uma dessas áreas, quando se trata de compreender os distúrbios mentais. A história dos manicômios e a resposta da sociedade a essas instituições ajudam a compreender um pouco desse processo. (Ver reportagens e sobre a história dos manicômios e da reforma psiquiátrica). De acordo com o relatório do Cremesp, o fato de a faixa etária economicamente ativa sofrer nas últimas décadas forte impacto com problemas sociais graves como desemprego, violência, pobreza, inequidade social, desrespeito aos direitos humanos e, em diversos países, guerras civis e desastres naturais, entre outros, fez com que a população viesse a se tornar muito mais vulnerável a quadros relacionados ao estresse, pós-traumático ou não, e a diversas doenças como depressão, alcoolismo e os transtornos bipolar e obsessivo-compulsivo. Segundo Teixeira, da UFSCar, a cultura influencia sim, e muito, os limites para aquilo que é tido como “normal” ou “anormal”. “No final do século XIX, falava-se muito em histeria e esse foi o assunto inicial da psicanálise, os famosos Estudos sobre a histeria, de Freud. Hoje em dia, pouco se fala sobre histeria no sentido freudiano e outros transtornos ganharam lugar de destaque, como, por exemplo, as depressões e o transtorno bipolar. As depressões são mais típicas de uma época como a nossa, na qual ‘não há cadeira para todo mundo sentar’, ou seja, em que há excesso de competitividade, o que acaba levando a uma maior existência de ‘perdedores’ do que ‘ganhadores’ e, por isso, um número maior de pessoas acometidas pela depressão, embora essa seja apenas uma das possíveis causas da doença”, acentua. A classificação e suas implicações No documentário Omissão de socorro, o cineasta Olívio Tavares de Araújo mostra a dura realidade dos doentes mentais depois da política de extinção dos leitos psiquiátricos no sistema público de saúde. Araújo já havia rodado, na década de 1980, um filme sobre travestis vivendo de prostituição, e outro, no início da década de 1990, sobre soropositivos, quando a aids ainda era uma doença inevitavelmente fatal. O cineasta conta que teve problemas parecidos durante a produção dos três filmes. “O principal é que da classe média baixa para cima, ninguém quer se expor. Acabam predominando, de longe, as personagens pobres, e é preciso muito cuidado para não ficar parecendo que o problema tratado afeta só a pobres. Senão, o cara vê o filme e diz: ‘Ah, mas isso é lá com eles. Eu estou fora’. Em todas as minorias (‘loucos’, soropositivos, deficientes físicos, negros, homossexuais etc.), a resposta é absolutamente simples e transparente. Ninguém quer olhar para as próprias feridas, sejam elas já existentes, sejam apenas possíveis de acontecer um dia. No caso da ‘loucura’, então, já imaginou? Até pessoas das mais esclarecidas têm medo de psiquiatra. Soma-se o terror do desconhecido, do incontrolável, do abismo”, aponta Araújo. “Acho que o filme deixa absolutamente evidente a diferença entre doentes tratados e não tratados, e mostra que em muitos casos, o tratamento passa forçosamente pelo hospital. Doença não tem ideologia”, destaca. Para Teixeira, da UFSCar, essa dicotomia entre o “normal” e o “anormal” prejudica, e muito, a vida em sociedade, porque faz com que o “diferente” não seja aceito e acabe sendo até mesmo recriminado e escondido. “Tenho a impressão de que nunca vivemos uma época em que se tenta ‘normalizar’ as pessoas tanto quanto a atual. O desvio, mas também a originalidade, são fortemente coibidos atualmente. Todo mundo tem de ser igual. Esse, aliás, é o pano de fundo da neurociência hoje em dia: todos são iguais porque têm um cérebro igual. Acho isso tão ridículo como dizer que os cardápios de todos os restaurantes do mundo deveriam ser iguais porque temos todos um estômago igual. Com esse discurso, tenta-se eliminar as diferenças e, entre elas, os grupos diferentes”, argumenta. “Recentemente, o presidente do Irã declarou que no seu país não há homossexuais. Nunca vi nada tão forte no sentido de enquadrar as pessoas na ‘normalidade’. Mas ele não é o único caso. Muitas culturas fazem um discurso que pretende eliminar a exclusão, a homofobia etc, mas acho que fica só no nível do discurso. Claro que não quero dizer que as leis não devam existir, mas se soubéssemos lidar bem com as diferenças, não precisaríamos de legislação que punisse a discriminação”, aponta o filósofo. Para saber mais: Roda Viva, com o psiquiatra Valentim Gentil Filho: Documentário Omissão de Socorro, de Olívio Tavares de Araújo:
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“As promessas da cura do câncer e da terapia genética já deviam ter ensinado um pouco mais de humildade a quem vê na religião apenas uma barreira” diz o pesquisador Eduardo Rodrigues da Cruz.
Físico e teólogo, o professor Eduardo Rodrigues da Cruz conseguiu unir duas áreas aparentemente divergentes em sua carreira. Coordenador do curso de pós-graduação de ciências da religião da PUC de São Paulo, ele promove o diálogo entre ambas, por meio de estudos, pesquisas, trabalhos e análises das manifestações religiosas, dentro de uma abordagem interdisciplinar.
Autor do livro A persistência dos deuses: religião, cultura e natureza, ele acredita que somente os pesquisadores têm a ganhar a curto prazo com a chancela oficial para uso de células-tronco embrionárias e defende que a religião ajuda a enfatizar que a definição de pessoa não passa unicamente pela sua racionalidade.
ComCiência - O senhor é cientista (físico) e religioso (teólogo), como fez a ponte entre ciência e religião em sua vida? Quando começou a se interessar pelo tema?
Eduardo Cruz - Comecei a carreira como físico, em uma época em que os físicos debatiam acaloradamente as grandes questões sociais e intelectuais, e era mais comum que eles passassem a desenvolver outras atividades mais filosóficas. Paralelamente, a Igreja de São Paulo desenvolvia um ativo trabalho pastoral, um espaço de liberdade e criatividade em face da ditadura. Junte-se a isto uma formação religiosa, e foi assim que começou meu fascínio pelas interfaces entre ciência e religião. Se é possível estabelecer pontes ou não, é uma hipótese que estou continuamente a testar. Construir pontes desse tipo não é trabalho para técnicos, mas sim para desbravadores arrojados.
ComCiência - Como um desbravador, o senhor acredita que ciência e religião sejam realmente divergentes ou é possível, e talvez necessário, estimular o diálogo entre ambas para o desenvolvimento da sociedade? Como desfazer preconceitos e estereótipos dessas áreas e promover um novo olhar?
Eduardo Cruz - Ciência e religião pertencem a categorias diferentes. Avaliar a história da ciência, por ser uma disciplina respeitada, é sempre o primeiro passo para conseguir a ponte entre as duas, quando há um suposto conflito no presente, e achamos que os motivos são fúteis. Como dois sujeitos tão diferentes podem dialogar? Basicamente, em três níveis: por meio do diálogo entre especialistas, cientistas e teólogos; no plano social ou ético, o diálogo entre as comunidades científicas e religiosas; e por meio da percepção das semelhanças entre a atitude científica e a religiosa, das bases evolutivas e comuns entre a aquisição de conhecimento e a construção de símbolos e rituais religiosos. Este tipo de diálogo já ocorre, bastaria que os meios de comunicação, os livros didáticos e paradidáticos, e as escolas e universidades se preocupassem mais em enfatizar as iniciativas de diálogo.
ComCiência - Muitas publicações de divulgação científica têm divulgado matérias sobre assuntos religiosos. Como o senhor vê esse fenômeno e por que as pessoas estão procurando mais por esses temas?
Eduardo Cruz - De fato, com exceção das mais tradicionais, como a Scientific American, as outras têm trazido com mais frequência tais matérias. Parece haver interesse popular, mas essas reportagens refletem mais o senso-comum dos cientistas, não são resultado de pesquisas consistentes e sistemáticas. Como essas pesquisas têm crescido em número e qualidade, é de se esperar que as matérias ganhem pouco a pouco mais destaque e qualidade.
ComCiência - Como o jornalismo científico deve olhar para as questões religiosas e qual deve ser o seu papel numa sociedade que busca mais informações sobre o assunto?
Eduardo Cruz - Não parar nas fontes mais óbvias, buscando fontes mais acadêmicas e também mais fontes na Igreja. Seu papel na sociedade, a meu ver, é desfazer os mitos que a grande imprensa produz a respeito do assunto.
ComCiência - Muitos cientistas costumam ver a religião apenas como barreira para os avanços científicos. A religião pode de alguma forma ajudar a ciência e a sociedade, principalmente quando se refere a questões éticas? Quem garante que uma inovação ou descoberta científica será aproveitada de maneira responsável e contribuir para uma vida melhor?
Eduardo Cruz - Sem dúvida, a religião sempre surgiu como uma reserva de sentido contra o espírito de can do-will do (posso fazer-vou fazer), frequentemente travestido na pele de avanços científicos. As promessas da cura do câncer e da terapia genética já deviam ter ensinado um pouco mais de humildade a quem só vê na religião uma barreira.
ComCiência - Há cientistas que dizem que se criou um otimismo exagerado sobre a aprovação do uso terapêutico de células-tronco, porque as pesquisas científicas costumam ser demoradas e a expectativa de cura de muitas pessoas pode ser frustrante, por não terem sido bem informadas. O que o senhor pensa a respeito?
Eduardo Cruz - Há que se distinguir entre tratamentos com células-tronco em geral, vide avanços recentes na medicina brasileira, e células-tronco embrionárias. Apenas esta última é controversa. Isso porque, a célula-tronco adulta é do indivíduo mesmo, e sua retirada não mata o doador. No caso das células embrionárias torna-se mais difícil dizer que os pais sejam "donos" do embrião, ou que não há morte de um indivíduo em potencial. De qualquer forma, a pesquisa com células-tronco embrionárias ainda está na sua infância, e há um longo caminho a percorrer antes que algum tratamento oficialmente aceito esteja disponível. Apenas os pesquisadores têm a ganhar, no curto prazo, com a chancela oficial para essas pesquisas. Quanto ao argumento de que muitas dessas células vão ser descartadas de qualquer jeito, há que se lembrar uma questão moral anterior, a do desejo de "um-bebê-a-qualquer-custo", sem que o casal incline-se mais para uma adoção.
ComCiência - Como o senhor avalia os recentes episódios de “espetacularização” da vida e da morte nos casos de Terri Schiavo?
Eduardo Cruz - De fato, o caso dela, pelos aspectos políticos, emocionais e morais envolvidos, dá margem ao espetáculo. Os grupos religiosos que a defendiam foram castigados pela mídia, associados que foram à direita política e ao irracionalismo. Mas eles levantaram uma questão importante. Como a ciência pode provar que Terri nada sentiu nas duas semanas em que definhou até a morte? E ainda tem que haver um consenso sobre o que é "sentir". In dubio, pro reu (na dúvida, julgue-se a favor do réu). A religião ajuda a enfatizar que a definição de pessoa não passa unicamente pela sua racionalidade.
ComCiência - A Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS) tem lançado projetos para promover a aproximação entre ciência e religião. Muitas universidades norte-americanas como a University of Duke estão estudando cientificamente os efeitos da fé sobre as pessoas e já existem até disciplinas obrigatórias sobre medicina e espiritualidade. Por que esses estudos ainda são tão recentes no Brasil e vistos ainda como assuntos menores por grande parte da academia, sendo o país tão rico na pluralidade religiosa?
Eduardo Cruz - Também nos Estados Unidos esses estudos ainda são vistos como assuntos menores. A diferença é que lá eles já estão institucionalizados e ganharam um espaço que parece definitivo, e aqui ainda não. A meu ver, a questão básica passa pela competência e pelo interesse. No momento em que algum cientista ou grupo de pesquisa de ponta começa a trabalhar nessas temáticas, elas passam a ganhar destaque e respeito acadêmico. Ainda estamos aguardando os brasileiros que darão início a isso.
ComCiência - Diferenciar religião de esoterismo e auto-ajuda pode ajudar a traçar rumos mais sérios para o diálogo entre ciência e religião e evitar a pseudociência? Como fazer isso?
Eduardo Cruz - Esotéricos pressupõem possuir um tipo especial de acesso ao plano transcendente comum entre ciência e religião, uma dimensão mística que dispensaria o trabalho penoso e ascético que leva à boa ciência e à boa religião. Desenvolver essas últimas não significa apaziguamento da consciência, mas enfrentar seriamente a dura, indiferente e elusiva realidade. Questionar o esoterismo como proposta de diálogo deve ser feito pela reafirmação dos princípios epistemológicos e morais da velha e judiada "ciência moderna", assim como da religião ocidental.
ComCiência - Quais serão os desafios do novo papa em relação aos temas científicos? O senhor acredita que se a Igreja não começar a dialogar mais com a ciência e se atualizar poderá perder ainda mais fiéis, principalmente no Brasil?
Eduardo Cruz - Justamente por ser um papa de sólida formação intelectual, vindo de um país onde cientistas e teólogos já têm uma tradição de debate e diálogo, é de se esperar que ele estimule, ainda mais que João Paulo II, o diálogo com a ciência. Por outro lado, sociologicamente não há um nexo entre "ser atualizada" e "ganhar fiéis". Por exemplo, as igrejas protestantes na Europa, em princípio mais atualizadas que a católica, perdem ainda mais fiéis. Há outros critérios para "atualizado" que não o científico, veja-se o sucesso das igrejas evangélicas no Brasil.
ComCiência - Muitas congregações e instituições religiosas são donas ou mantêm muitas universidades e colégios no país. Dessa forma, grande parte dos futuros cientistas pode estar sendo formada a partir de bases religiosas. No passado, muitos padres e seguidores de outras religiões foram cientistas famosos, por que hoje existe a tendência de separar tanto as duas coisas, causando ainda estranheza a existência de cientistas religiosos?
Eduardo Cruz - Também os cientistas do passado e do presente foram formados, aqui no Brasil, em colégios confessionais. Mas não quer dizer que as pessoas saiam como uma "base religiosa" explícita. Penso que a coisa vem mais de família do que propriamente dos colégios. O que mostra que colégios e universidades confessionais falham ao não apresentar uma visão comum crível que saiba unir as aulas de ciências e a formação religiosa. Quanto aos cientistas famosos que professam uma religião, eles são tão comuns no passado como no presente. Newton era anglicano, Einstein era judeu, o biólogo contemporâneo de Darwin, Alfred Russell Wallace reconheceu o espiritismo, Francis Coolins, diretor do projeto Genoma Humano é presbiteriano. Hoje, muitos apenas relegam sua religiosidade ao domínio privado, um traço típico da modernidade.
Atualizado em 10/05/2005
http://www.comciencia.br
Cristianismo, Humanismo e Democracia...
Cristianismo, Humanismo e Democracia. São Paulo: Paulus, 2005, ISBN: 8534924031. 294 p.
por José J. Queiroz
Pesquisar as relações entre cristianismo e democracia a partir de uma abordagem humanista é o objetivo desta obra. O organizador do livro, Fábio Régio Bento, na Introdução, busca definir o que é humanismo. O termo não pode ser definido em abstrato, mas adquire sentido dentro de um contexto social histórico determinado e a partir de fatos sociais. Ele recolhe as insatisfações da humanidade frente a determinadas situações históricas e indica a construção de valores humanos a partir do enfrentamento dessas situações. Valores preexistentes como os do cristianismo, da democracia, se anexam a essa construção, mas o ponto de partida é sempre a insatisfação, o confronto e a rebeldia frente a situações desumanizantes, que devem ser observadas, analisadas, avaliadas. O humanismo apóia-se na esperança de mudanças; o ponto de chegada são as mudanças sociais.
Cristianismo e democracia: da soberania dos “pastores” à sabedoria das “ovelhas” é o título do primeiro capítulo de autoria do organizador da obra. Ele define a verdade moral em um contexto pluralista, e nesse mesmo contexto, estuda a relação entre natureza, cultura e verdade moral para depois focalizar a revolução das ovelhas, isto é, a passagem da tutela moral à soberania dialógica da consciência de sujeito.
A inquisição entre justitia et misericórdia. Humanismo ou anti humanismo? ´é o tema do segundo capítulo, escrito por Geraldo Pieroni. Com a Bula do papa Paulo III – Meditatio Cordis – de 1543, instala-se em Portugal o Tribunal da Santa Inquisição e com ele a caça aos heréticos, que compreendiam cristãos novos, bígamos, feiticeiras, visionários, sodomitas, curandeiros, blasfemadores, padres falsos e sedutores, falsos testemunhos e transgressores dos segredos do Santo Ofício. O método era a pedagogia do medo que levou esses infelizes a uma longa degradação. O autor descreve os horrores da inquisição sob o signo da justiça, e também, sob o manto da misericórdia, vários casos em que as penas foram alteradas, comutadas e até perdoadas.
Fé cristã e democracia, é o terceiro capítulo de autoria de Clodovis Boff que inicia tratando a problemática da relação entre teologia e democracia apontando “a democracia vivida” das bases populares, os desafios da democracia à reflexão teológica e oferece uma definição de democracia. Em seguida, trabalha o discernimento teológico da democracia, as bases antropológicas do ideal democrático a partir do ser humano. Essas bases são o Deus-comunhão, o poder serviço e as interpelações que essas categorias teológicas levantam ao ideal democrático.
A cultura de democracia é trabalhada por João Batista Libâneo, no quarto capítulo. O autor pretende olhar a atual cultura democrática, como se vive entre nós, e refletir sobre ela à luz da fé cristã. Começa discorrendo sobre os limites da democracia formal eleitoral, focaliza o espírito democrático na relação entre os países no concerto das nações, as possibilidades de outras instâncias, como as religiões, que possuem experiências espirituais milenares e contribuem para a paz e a democracia em nível mundial. No horizonte último das aspirações humanas, o autor propõe a necessidade de repensar na conjuntura atual a tríade “liberdade, igualdade, fraternidade”, pois, embora ela continue sendo o maravilhoso ideal para a humanidade, há uma versão burguesa dos valores da Revolução Francesa em detrimento das imensas maiorias. A autor conclui apontando que a perspectiva cristã é crítica aos poderes atuais que se firmam na força, no saber monopolista, no dinheiro, na imposição e na concorrência desvairada e anuncia novas possibilidades utópicas para a humanidade.
Agenor Brighenti trabalha, no quinto capítulo, o tema Pessoa- comunidade-sociedade: o trinômio da realização da vocação humana e cristã. Essa realização acontece no âmbito da pessoa, da comunidade. Daí a necessidade de analisar os caminhos que conduzem do individualismo ao coletivismo até chegar à personalização, e à visão da pessoa como horizonte da revolução judaico-cristã. A pessoas e a personalização se realizam na comunidade, que tem conotação peculiar no âmbito da revelação cristã e na esfera social. A doutrina social da Igreja e as orientações da CNBB – testemunho, serviço, diálogo, anúncio - são pistas preciosas para refazer o tecido social e enfrentar o escândalo da exclusão e da violência na sociedade contemporânea.
Educadores do Reino de Deus é o tema abordado por Dom Murilo S.R. Krieger, no sexto capítulo. Trata da espiritualidade que deve animar os educadores do Reino de Deus, aos quais compete continuar a missão evangelizadora de Jesus. O autor lembra a importância da educação dos filhos de Deus e as dimensões da espiritualidade; percorre as etapas do processo educativo do povo de Deus na travessia do deserto sob o comando de Moisés; reflete sobre a essência do anúncio do Evangelho e se volta para os dias atuais, lembrando que a Igreja quer que os seus educadores busquem águas mais profundas e respondam aos anseios daqueles que querem ver Jesus.
Elias Wolf, no sétimo capítulo, trabalha Humanismo e Religião. A relação entre essas duas realidades é profundamente complexa, dada a dificuldade de compreensão do que vem a ser religião e humanismo. Há, na hipótese do autor, uma intrínseca relação entre os dois termos, porém não imune de ambigüidades, que devem ser superadas. Depois de apontar as complexidades semânticas ínsitas nos conceitos de religião e humanismo, e as ambigüidades dessa relação, ele passa a indicar as vias de encontro, a via antropológica, a teológica, - detendo-se no diálogo inter-religioso – a via sociológica, na qual sobressai a cooperação inter-religiosa para a promoção do humanismo.
Em Crença, Aceitação e Fé Pragmatista, título do oitavo capítulo. Felipe Müller investiga a noção de crença, depois a fé em geral, para chegar à fé pragmatista, na qual ele identifica várias características, tais como a aceitação de alguma proposição, de crer em alguém, de ter fé que alguma proposição seja verdadeira, de ter fé em alguém. Aplicando essas características ao campo religioso, a fé pragmatista pode incluir certas atitudes, por exemplo, aceitar que Deus existe, que é misericordioso e tenha outros atributos, que crê em Deus, que tenha fé que Ele retribui algumas de nossas atitudes, que tenha fé n’Ele a ponto de confiar-lhe a própria vida.
No último capítulo, Selvino José Assmann discorre sobre O Direito à vida ameaçado. Diante da barbárie que continua sob nossos olhos, afirma o autor, citando Adorno, que “desbarbarizar tornou-se a questão mais urgente da educação hoje em dia”. O direito à vida é garantido a cada um pelo simples fato de ter nascido membro da espécie humana, independentemente da família, da condição econômica, social e política. Após esse preâmbulo, o autor passa a apontar as razões da nossa perplexidade atual, sendo a mais ampla a ligação perversa entre a produção globalizada da riqueza e a exclusão da maioria dos seres humanos. Os direitos humanos, tantas vezes declarados, continuam sendo ameaçados e violados. É preciso acreditar na possibilidade de derrotar a primazia do econômico que conduz à terrível desvalorização da vida e superar a mentalidade dominante segundo a qual não há alternativa à organização capitalista da sociedade nacional e internacional.
Este breve garimpo pela obra permite concluir que se trata de um trabalho rico em informações e análises, que abrem horizontes e pistas para quantos queiram ter uma visão mais aprofundada das relações que interligam cristianismo, humanismo e democracia, e se disponham, na prática, a trabalhar para a construção de um humanismo inspirado nos princípios cristãos.
Amor perfeito - Relacionamentos imperfeitos
Amor perfeito - Relacionamentos imperfeitos.
- Curando a mágoa do coração.
Autor(es): John Welwood
Editora: Global
Área(s): Psicologia / Psicanálise, Desenvolvimento pessoal, Medicina / Saúde
ISBN: 9788575552407
Páginas:184 pág.
Preço: R$ 29,00
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Descrição:
Embora a maioria de nós tenha momentos de amor livre e aberto, em geral é difícil mantê-los onde são mais importantes - em nossas relações pessoais. Por que, se o amor é tão grande e poderoso, os relacionamentos humanos são tão desafiadores e difíceis? Amor perfeito, relacionamentos imperfeitos mostra como todos os nossos problemas de relacionamento se originam de uma mágoa íntima e universal que envolve o amor e afeta não apenas nossas relações pessoais, mas a qualidade de vida no nosso mundo como um todo.
Este livro premiado conduz o leitor em uma jornada de cura poderosa que envolve aprender a abraçar nossa humanidade e apreciar as imperfeições de nossos relacionamentos como pegadas ao longo do caminho para o grande amor. Escrito com um realismo penetrante e um estilo revigorante e lírico, esta obra revolucionária oferece uma orientação profunda e prática para curar nossas vidas, assim como nosso mundo conflituosos.
SOBRE O AUTOR
JOHN WELWOOD - Como psicoterapeuta, professor e autor, John Welwood, Ph.D., foi um pioneiro na integração do trabalho psicológico e espiritual. Seus livros incluem o best seller Journey of the heart: intimate relationship and the path of love, além de Love and awakening: discovering the sacred path of intimate relationship; Challenge of the heart: love, sex, and intimacy in changing times; Ordinary magic: everyday life as spiritual path; The meeting of the ways: explorations in East/West psychology e Em busca de uma psicologia do despertar: budismo, psicoterapia e caminho da transformação espiritual individual. Ele conduz workshops e treinamentos em trabalho psicoespiritual e relacionamento consciente no mundo todo.
Livro: Amor perfeito - Relacionamentos imperfeitos.
Estenda a tua mão.
Quem sou eu
o que muda depois do casamento?
O que muda depois do casamento?
O casal namorou durante anos, antes de assumir o enlace matrimonial. Enquanto o ato não se concretizava, os pombinhos viviam em clima de romance. No entanto, depois que passaram a conviver sob o mesmo teto, a realidade mudou e as discussões passaram a ser frequentes. Quem nunca ouviu uma história parecida com essa?
De acordo com a psicóloga Lúcia Pacheco, é muito comum isso acontecer nos primeiros anos, já que as responsabilidades aumentam e boa parte dos casais não consegue administrá-las. “Por falta de costume com as responsabilidades matrimoniais, muitos casais se assustam com os compromissos e acabam não dando conta, o que acarreta alguns desentendimentos”, esclarece.
O fato é que, numa relação afetiva, um adaptar-se ao jeito do outro não é uma tarefa das mais fáceis. Como afirma a autora do livro “Melhor Que Comprar Sapatos”, Cristiane Cardoso. “Nenhum casamento pode dar certo sem sacrifício”, frisa.
O homem e a mulher que estão prestes a sacramentar a união devem saber que uma vida conjugal implica fazer renúncias. Já não pensa mais no “eu” e sim em “nós”. Os recém-casados devem saber o sentido da palavra negociar.
A fase de adaptação
O período de adaptação ocorre nos primeiros anos de casamento e, devido às responsabilidades que o acompanham, boa parte dos casais não consegue administrá-lo. “Muitos casais tentam resolver seus problemas conversando sobre ele, mas não conseguem obter sucesso. Outros estão determinados a brigar, a se expor e, até mesmo, a se separar, mas não estão dispostos a sacrificar, deixando de lado o orgulho”, alerta Cristiane Cardoso.
No caso de Alex e Júlia Figueiredo, a fase da adaptação ocasionou mudanças bruscas no comportamento do casal. “Trabalhar o dia inteiro, limpar a casa, cozinhar, cuidar do marido… Descobri que não é tão fácil conciliar tudo isso. No início, enfrentei muita dificuldade. Chorava o tempo inteiro”, lembra Júlia.
O passar dos anos trouxe experiência no relacionamento. “Tivemos que mudar muito, mas hoje respeitamos o limite do outro. Só de olhar, já sei o que Alex não gostou e ele, idem”, conclui.
De acordo com Cristiane Cardoso, o casamento é uma das maiores bênçãos na vida de um homem e de uma mulher, mas exige renúncia. “Poucos estão dispostos a pagar o preço, poucos verdadeiramente desfrutam desta bênção. A maioria das pessoas espera pagar um preço baixo. Sinto dizer que elas vão continuar esperando pelo resto da vida.”
Agência Unipress Internacional
Por Tatiana Alves
DEVOCIONAL
Sábado, 3 de Julho, 2010 VERSÍCULO: A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos. -- Provérbios 14:34 PENSAMENTO: Uau, que indício. Quando votamos considerando mais a nossa carteira do que nosso caráter, e quando acusamos as indiscreções, infidelidades e ilegalidades nos líderes dos partidos políticos, alcançamos um estado muito triste! Mas, antes de reclamar e resmungar sobre a falta de moralidade nas pessoas públicas, devemos ter certeza que somos honestos nas nossas próprias vidas diárias -- que não dizemos coisas cruéis sobre outros, que nos mantemos fiéis aos nossos casamentos e aos nossos votos de pureza. E tenhamos certeza que esperamos de nós mesmos padrões mais altos do que esperamos de outros. ORAÇÃO: Deus, o Senhor não é apenas o Todo Poderoso. O Senhor é Santo! Santo, Santo, Santo é o Senhor, o Senhor Deus Todo Poderoso. Que o mundo inteiro se encha com Sua glória e que essa glória seja vista no que faço e digo. Perdoe-me do meu próprio pecado e hipocrisia. Abençoe-me com pureza, retidão e santidade à medida que comprometo minha vida à Sua glória. Através de Jesus eu oro. Amém. http://www.iluminalma.com.br/dph/4/0703.html
MULHERES DA BIBLIA
ANIMADORES DE PALCO NOS PÚLPITOS, VEJA COMO IDENTIFICAR
O carro pode entrar, mas você terá que ir lá para baixo...
APRENDA A OUVIR
TEMPO DE DEUS
Cinco princípios que mantêm o casal unido
Charles R. Swindoll, Casamento: Da sobrevivência ao sucesso
Alguns casais descrevem a vida conjugal como anos de frustrações, discussões, raiva e decepções. Outros, vivendo em circunstâncias semelhantes e passando também por bons e maus momentos no casamento, dizem: “Nossa união é sólida, gratificante e segura. E melhora a cada ano.” Por quê? Qual é a diferença?
Adão e Eva sofreram as terríveis consequências do pecado: expulsão de casa, maldição da terra, maldição do relacionamento entre eles, maldição da descendência. Apesar disso, permaneceram juntos ao longo de novecentos anos. Aprendemos com eles que o casamento pode sobreviver às mais terríveis consequências se o casal mantiver o compromisso assumido no casamento.
Em seguida, pulamos duzentos anos e analisamos o casamento estranho de um profeta com uma prostituta. Oséias casou com Gômer, que teria sido virtuosa no começo, mas se transformou em uma mulher totalmente infiel. Apesar de não ser surpresa para ele, a situação causou-lhe muito sofrimento. Depois de dar à luz a três filhos, ela resolveu vender o corpo até que isso deixasse de ser interessante. Desamparada, Gômer foi vendida como escrava, mas o Senhor disse a Oséias que a procurasse, a comprasse de volta e voltasse a aceitá-la como esposa. Aprendemos com Oséias que o casamento pode sobreviver aos mais terríveis desafios se optarmos pela preservação em vez de fugir do problema.
Logo depois, conhecemos a experiência de duas pessoas extraordinárias: José e Maria. José casou com uma virgem que carregava no ventre um filho concebido milagrosamente por Deus. Esse filho era o Messias tão esperado. Depois de conhecerem a verdade por meio de um aviso dos céus, José e Maria aceitaram viver sob acusações e hostilidades, em meio às circunstâncias mais bizarras possíveis, nas quais era praticamente impossível permanecerem unidos. O casamento resistiu a todas essas dificuldades; eles continuaram juntos e provaram que o casamento é capaz de suportar as circunstâncias mais adversas, desde que o casal opte pelo comprometimento.
Em Efésios 4, encontro cinco princípios — ou melhor, mandamentos — importantes que ajudam a fortalecer o compromisso no casamento e a preservá-lo. Paulo aplicou-os à igreja, mas eles também se aplicam a muitos outros contextos, principalmente ao casamento.
Fale sempre a verdade
Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo. (Efésios 4:25)
Exteriorize a ira de maneira apropriada e no momento certo
Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apazigúem a sua ira antes que o sol se ponha, e não deem lugar ao Diabo. (Efésios 4:26,27)
Vocês têm o direito de ficar irados. Fazem bem em ficar irados — mas não usem a ira como combustível para vingança. E não fiquem irados por muito tempo. Não devem dormir irados. Não deem essa oportunidade ao Diabo. (Efésios 4:26,27, MSG; tradução literal)
Não furte nada de seu cônjuge
O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade. (Efésios 4:28)
Tome cuidado com o que você fala
Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem. Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. (Efésios 4:29,30)
Seja amável
Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo. (Efésios 4: 31,32)
Devocional
Quarta-feira, 5 de Maio, 2010
VERSÍCULO:
Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo
Jesus.
-- Filipenses 4:6-7
PENSAMENTO:
Deus quer ouvir as nossas orações. Mas, para evitar que elas se
enfoquem só em nós mesmos, Deus quer que nós lembremos de dar
graças. É tão fácil fazer das nossas orações uma lista de pedidos.
Somos nós mesmos que perdemos quando deixamos de dar graças e
louvor nas orações. Sem louvor, nosso coração enfraquece, porque só
pensamos em nossos próprios problemas, e a oração se torna apenas
uma lista de desejos e/ou pedidos.
ORAÇÃO:
Gracioso Deus, tenho tantas razões para te louvar. Ao encarar
tribulação e dificuldades, tenho suas promessas para restaurar
minha esperança. No momento de vitória, tenho o Senhor para
agradecer pelas minhas habilidades. No tédio da rotina, tenho
grande alegria nas suas surpresas. Obrigado, Deus, por ser tão
grande e ao mesmo tempo tão amoroso. Em nome de Jesus. Amém.
O PERDÃO
DEUS CUIDA DE VOCE.
DEUS QUER CUIDAR DE VOCÊ
Deus quer cuidar de você
Quero dizer a você que ainda que pareça que nada esta acontecendo, Deus esta vendo tudo o que esta se passando com você, e não quer te ver assim. Ainda que você pareça estar vivendo no deserto onde você se vê cercado de problemas aparentemente sem soluções, eu quero dizer a você que Deus tem um chamado para sua vida Ele tem um plano para ti. Não importa o que te aconteceu, não importa o que você fez, Deus quer cuidar de você.
Ele esta disposto a fazer uma grande obra na sua vida, é só você deixar. Deus só vai mudar sua vida se você quiser, se você assim desejar. Ele te convida a vim assim como estas, se estas cansado de viver uma vida sem sentido, uma vida sem graça, saiba que Deus quer cuidar de você, e o que Ele pode fazer é muito glorioso, Deus pode fazer obras tão maravilhosas em nossas vidas que a mente humana não é capaz de imaginar basta só você deixar.
Deus não só te convida como também capacita os escolhidos para fazer a sua obra. Meu amado irmão deixa Deus te guiar, não há nada melhor do que viver sob a direção de Deus, nada no mundo pode substituir a presença d’Ele nas nossas vidas, nada pode explicar o verdadeiro encontro com Deus, a verdadeira comunhão. Precisamos de Deus, apenas Ele pode suprir as nossas necessidades, apenas Ele conhece o nosso coração, Ele sabe o que é melhor, mesmo que pareça que nada está dando certo, mesmo que pareça que o que esta acontecendo não faz sentido, lembre-se de que tudo o que acontece além de ser permissão de Deus, o que quer que aconteça sempre será uma vantagem para você, mesmo que na hora você não compreenda você poderá vir a compreender mais tarde.
Se você deixar Deus cuidar de você, sua vida vai mudar, e na sua vida vão acontecer coisas as quais você nunca imaginou, porque Deus vai fazer muito mais do que você pede, muito mais do que você sonha e muito mais do que você imagina, acredite, quando você entrega completamente a sua vida aos cuidados do senhor sua vida muda radicalmente, você se difere do mundo, sua vida passa a ter sentido, você passa a ter uma nova vida, um novo caminho a seguir, uma nova direção. Mesmo que seja difícil a caminhada, creia em Deus, a fé vai te dar asas para alcançar e conquistar o impossível. Deus esta na sua frente, esta perto de você, e não quer te ver derrotado, Deus quer te ajudar, te fazer feliz e bem-sucedido.
Creia n’Ele, pois Ele tem grande obras para fazer na sua vida, acredite.
Hoje ele esta a te chamar e quer te capacitar, Ouça o seu chamado, não perca tempo. Deus quer cuidar da sua vida e fazer uma verdadeira mudança, Deus tem coisas tremendas para fazer na sua vida, coisas sublimes as quais você nunca imaginou. Não resista ao Seu chamado, não O rejeite. Abra o seu coração e entregue tudo a Ele, confia n’Ele, deixando Ele cuidar da sua vida como ninguém Sua vida vai mudar, acredite.
FONTE E AUTORIA:http://www.aitonsantos.org/online/index.php?option=com_content&task=view&id=16&Itemid=15
Casais interessantes da Bíblia, seus conflitos e lições: Adão e Eva
Tiago 1:19 . Amém.
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O MITO DA GRAMA MAIS VERDE
- Deixo aqui a sugestão de um livro muito bom para quem está lutando contra a infidelidade, seja como autor ou como vítima,e mesmo para aqueles que não querem passar por ela e sabiamente desejam conhecer um pouco mais deste inimigo, e assim, poder vencê-lo à tempo. Título: O mito da grama mais verde. Neste link você o encontra em ebook gratuíto. http://www.4shared.com/document/J_s76dA6/O_mito_da_grama_mais_verde_-_J.html